Os 10 perfumes mais clássicos de todos os tempos

O infográfico de agosto da nossa série feita em parceria com as Galeries Lafayette é sobre os perfumes mais classicos da história da perfumaria moderna.

O olfato é um sentido mágico. Determinados cheiros têm a capacidade de nos transportar no tempo e no espaço, nos fazendo lembrar da nossa infância, de um local que visitamos ou de uma pessoa querida. E, dentro desse contexto, os perfumes são uma arma poderosa.

Diferente das bolsas, sobre as quais falamos no infográfico anterior (clique aqui), as pessoas criam uma ligação íntima e afetiva com os perfumes. Muitas se apegam a uma determinada fragrância, usando-a anos a fio, e passando até mesmo a chamá-la de “meu cheiro”. E sofrem quando o “seu” perfume para de ser fabricado ou tem sua fórmula alterada.

Os perfumes da nossa lista marcaram época, foram revolucionários quando lançados ou conseguiram captar o air du temps, o zeitgeist. Independente disso, eles se tornaram clássicos e muitos continuam até hoje nas listas anuais dos mais vendidos.

Os 10 perfumes mais clássicos de todos os tempos

Os 10 perfumes mais clássicos de todos os tempos. Clique aqui ou na imagem para ampliar.

Breve história do perfume

Se, já por volta de 7.000 antes de Cristo, temos notícia da utilização de substâncias semelhantes aos perfumes, foi somente a partir do século 12, com o desenvolvimento das técnicas de destilação – usadas nos alambiques e na alquimia – e a invenção do álcool puro, que a perfumaria se propagou.

A primeira fragrância a ter um nome, a Água de Hungria, foi criada em 1370 e ainda hoje é fabricada (Maison Fragonard). Seu principal ingrediente é o alecrim e seu nome foi dado pela rainha Elisabeth da Polônia, esposa do rei Charles Robert da Hungria.

A partir do século 15, a perfumaria se expandiu graças a invenção da prensa móvel – que permitiu a difusão das receitas dos perfumes – e as expedições à Ásia e às Américas – que trouxeram de volta à Europa especiarias e produtos desconhecidos e poderosos como a baunilha, o cacau, o tabaco, a canela, o gengibre, a pimenta, o cravo e os incensos.

A fama de Grasse, cidade francesa considerada a capital do perfume, vem dessa época. Grasse fabricava artigos de couro (luvas e cintos) que eram banhados com essências de rosas perfumadas com lavanda, verbena, cravo e canela e depois impregnados com almíscar e âmbar.

No final do século 19 os avanços da química orgânica deram condições para o nascimento da perfumaria moderna com os primeiros usos de produtos sintéticos. As Maisons Houbigant e Guerlain foram as primeiras a utilizá-los, respectivamente nos perfumes Fougère Royale, de 1882, e Jicky, de 1889, considerado o primeiro perfume moderno. Elas pavimentaram o caminho para as grandes criações do século XX, onde a perfumaria e a moda passaram a formar um par indissociável. Uma dando força e fazendo marketing para a outra.

Atualmente, devido a maior facilidade de produção – mesmo para pequenas empresas – aliada a um interesse e um mercado consumidor cada vez maiores, os lançamentos estão se multiplicando. A perfumaria vai do excepcional ao banal, do super exclusivo ao mega pop. Em 10 anos saberemos quais dos novos lançamentos resistiram ao teste do tempo e se tornaram clássicos.

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